Em 90% dos processos seletivos os candidatos vão se deparar com a pergunta: Qual a sua pretensão salarial?
Mas essa realidade, pode estar perto de acabar. Nos EUA, várias cidades e estados vem aderindo à novas leis que tentam promover uma maior transparência salarial. Hoje, pelo menos 14 estados proíbem empregadores de perguntarem o histórico de remuneração do candidato, e 20 estados oferecem algum tipo de proteção para os trabalhadores discutirem remuneração.
A mais nova iniciativa propõe que, a partir de agora, as empresas com mais de 4 funcionários sejam obrigadas a divulgar as faixas salariais máximas e mínimas para cada nova vaga divulgada no mercado.
Mais sobre o assunto
Transparência salarial
A premissa por trás dessas iniciativas é promover uma maior equidade salarial,
dificultando qualquer tipo de descriminação por sexo, raça, cor, religião, etc. Na cidade de NY por exemplo, estima-se que para cada US$1,00 que um homem branco recebe, uma mulher branca receberá US$0,84, uma mulher asiática US$0,63, uma mulher afroamericana US$0,55 e uma mulher latina US$0,55.
É uma mudança importante de paradigma. Cada vez mais a sociedade demanda que o ônus de criar uma estrutura igualitária de pagamentos seja imposta sobre o empregador, ao invés de colocar o ônus sobre o candidato de garantir que ele será pago de maneira justa. Ser pago adequadamente é algo que deveria ser esperado nessa relação.
Por outro lado, donos de negócios indicam que essas leis podem trazer uma série de impactos negativos. Por exemplo, pequenos negócios não tem faixas salariais, ao invés, pagam o que conseguem baseado na experiência e habilidades de cada candidato.
Uma preocupação das grandes empresas é que ao divulgar suas faixas salariais, empresas menores ofereçam mais para os candidatos como forma de atrair os talentos. Publicar o teto salarial, poderia inclusive ocasionar uma inflação nos salários em períodos de grande necessidade de contratação.
E aí, de que lado você está? Acha que divulgar publicamente as faixas salariais de uma posição é uma boa forma de promover equidade? Quais os prós e contras você enxerga com esse tipo de medida? Quer que a novidade chegue logo ao Brasil?
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