Muitas pessoas na hora de buscar um emprego olham para funções parecidas com as que já exerceu, avaliando pouco a cultura da empresa e até o segmento em questão. Da mesma forma, na hora de contratar, as empresas buscam candidatos experientes na função, muitas vezes não levando em consideração o tipo de organizações (tamanho, momento, perfil de gestão) pelas quais ele passou.
O fato é que isso não basta para uma contratação assertiva. Sem conhecer a fundo a empresa, principalmente seu momento e seu tipo de gestão, o candidato pode ser o Batman, mas não vai dar certo!
Já conduzimos processos seletivos de empresas com perfil bem diversificado, e posso dizer que entendê-lo e comunicá-lo muito claramente ao candidato, expondo prós e contras, faz toda a diferença.
Trabalhamos bastante com pequenas e médias empresas do Agro, muitas delas ainda com gestão familiar ou que está ou passou recentemente pelo processo de profissionalização, ou ainda, Agtechs em construção.
O que todas estas empresas têm em comum é que ainda estão desenhando processos, ainda não têm o escopo dos cargos bem definidos (meio que todo mundo faz tudo), ainda faltam ferramentas de controle, indicadores, governança, plano de carreira, definição de metas, planejamento. Ainda sem ter clareza sobre sua cultura e até confusão entre questões empresariais e familiares por parte do dono.
Com tudo isso, esse tipo de organização valoriza bastante um profissional vindo de uma empresa maior, já consolidada, muitas vezes multinacionais. Que tenha experiência com processos, softwares, gestão de equipe, de budget, metas, planejamento estratégico etc. E quase sempre ouço: Qualquer fulano da empresa tal nos serve! Mas poucas vezes se perguntam: mas será que eu sirvo para ele? Será que o que ele vai encontrar aqui é condizente com o que ele busca para a carreira dele? Será que ele vai conseguir se adaptar em uma empresa menor, com pouca coisa definida e muito a se construir?
Às vezes sim, às vezes não! E mais do que a Consultoria, é necessário que a Empresa saiba essa resposta! Tão importante quanto saber quem eu quero atrair, é saber para quem eu sou atrativa! Quem sou eu no mercado? Quais meus diferenciais (positivos e negativos)? No Agro, pouquíssimas sabem e/ou não querem saber! Nós é que lutemos!
Já passamos por diversas experiências em que isso não deu certo! Tanto de profissionais vindos de multinacionais para, por exemplo, Cooperativas, como para Agtechs e até Grupos Agropecuários. Muitas vezes a empresa quer dar um “passo maior que a perna” e trazer um executivo que é mais do que ela precisa e pode naquele momento e aposta nele todas as suas fichas, esperando verdadeiros milagres do profissional. O profissional por sua vez chega em um ambiente completamente desconhecido e fora de sua zona de conforto. Aí não encontra o apoio que precisa para conhecer melhor o negócio (não existe o Onboarding), para fazer mudanças e implantar ferramentas, não tem feedbacks. E pronto, a merda está feita! Um dos dois (cliente ou colaborador) vai desistir em menos de três meses! Perda e gasto para todos!
O mesmo raciocínio serve para profissionais que querem mudar de área, que cansaram do mundo corporativo e buscam empresas menores. É preciso avaliar a empresa, os gestores, o time, equilibrar expectativas. Ter o desafio de ajudar a empresa a dar um próximo passo, subir de patamar é muito legal, mas também muito desafiador. Não é para quem quer e sim para quem está preparado.
Por outro lado, também já vimos, muitos casos que já deram certo! Empresas familiares e/ou menores trazem muitos atrativos, como proximidade da liderança, mais rapidez nas decisões e ações, talvez uma qualidade de vida melhor e, principalmente, uma satisfação muito grande em saber que você realmente faz a diferença ali!
É tudo uma questão de perfil, de fit com aquele tipo de empresa e negócio, e até de momento profissional e familiar. Por isso sempre falo: não existe o candidato perfeito (assim como não existe empresa perfeita!), e sim bons candidatos que tem fit com negócio e experiência condizentes ao pacote e momento que a empresa pode oferecer. Não levar isso em consideração é dar um tiro no pé.
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